Se algum de vocês viu ontem o maravilhoso Jornal Nacional, TVI, e aquela reportagem sobre as aulas de Educação Sexual, podem ficar a saber que aquela era a minha Escola Secundária. Sim, deveras emocionante :3 a minha escola apareceu na televisão! weeeee Tem piada como eu já não ando lá há anos mas ainda lhe chamo a minha escola...
Por falar nisso, o outro dia andava eu numa correria à procurde uma manual de aulas práticas de uma cadeira à qual vou ter exame, e o raio do manual parece que levou sumiço. Não há maneira de o encontrar. Mas na busca incessante pelo bichinho, encontrei outra coisa não menos importante: uns cadernos onde eu costumava escrever quando andava na secundária (antes de ter blog, tinha de escrever em algum sítio :P). Foi mesmo muito engraçado ler aquilo e ver como agora tudo é diferente. Fiquei com uma nostalgia do caraças. Naquela altura parece que eu me sentia aborrecida com muitas coisas; na verdade não eram assim tantas coisas mas mais aquelas que envolviam interacção com os professores e qualquer tipo de trabalho ou estudo. Isso continua na mesma. O que tem piada é que na altura eu achava que todos os profes eram loucos por marcarem trabalhos de casa, por fazerem testes a cobrir não sei quantos capítulos de um livro, por obrigarem a fazer trabalhos de grupo (que eu de vez em quando me recusava a fazer, principalmente a Filosofia XD); e agora cá ando eu muito pior, a estudar para cada cadeira mais do que estudei para o secundário todo, a fazer e a apresentar trabalhos que exigem muito mais trabalho do que qualquer um que eu tivesse de fazer antes... Parece que não tinha muito bem a consciência da boa vida que aquilo era. Eu pouco fazia, mas pelos vistos o que eu qeria mesmo era não fazer literalmente nada, porque por pouco trabalho que tivesse nunca parecia estar satisfeita. E aquela raiva que eu tinha aos profes era muito mais pessoal: eles conheciam-me e eu conhecia-os e mandava vir com eles e o diabo a quatro, e agora não psso fazer nada disso X( Detesto os profes (são mil vezes pior que antes :P), está claro, mas é uma coisa privada: eles não sabem que eu os detesto e não posso resmungar. Aliás, tenho medo deles, coisa que dantes não tinha... Quem me dera poder voltar a ter aquela raiva mais pessoal, até disso tenho saudades. Mas do que tenho mais saudades é da turma mesmo, aquele convivío diário, estar todos os dias com o gang e o resto do pessoal, tanta gente que agora já não vejo ao tempo e na altura parece que não passava pela cabeça de ninguém que as coisas iam ficar assim. A mim pelo menos não me passava pela cabeça que o futuro vinha aí :P Li sobre peripécias de que já nem me lembrava, foi giro ver como as coisas eram no início do gang e todo o tempo e todas as coisas por que já passamos desde aí... Era tudo tão mais simples e melhor. As pessoas eram melhores. Os momentos eram melhores. E havia aquela "magia" que é ter 15 anos, que agora é impossível de imitar...
Nunca quis tanto voltar atrás.
Friday, January 06, 2006
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3 comments:
Felizmente ou infelizmente todos nós passamos plo mesmo e a nostalgia há-de ser sempre maior. As dificuldades são sempre crescentes... o melhor que podemos fazer é aproveitar ao máximo cada etapa, com o bom e mau, porque irremediavelmente não voltarão a existir no futuro. É claro que isso não tem de ser necessariamente mau... A vida é demasiado imprevisível e por isso abaixo o desânimo (do post anterior) e rumo a um fututo quem sabe melhor :)
E que tal não ter dinheiro para comer nem para andar a estudar e muito menos para ter computador e tempo livre para desabafar estas coisas?
Com tanta exigência nunca seremos felizes e se calhar não temos esse direito, isto é, se pararmos e nos compararmos com um vastidão de criaturas neste mundo subnutridas e que nem força têm para estes devaneios de luxo.
E que tal não ter dinheiro para comer nem para andar a estudar e muito menos para ter computador e tempo livre para desabafar estas coisas?
Com tanta exigência nunca seremos felizes e se calhar não temos esse direito, isto é, se pararmos e nos compararmos com um vastidão de criaturas neste mundo subnutridas e que nem força têm para estes devaneios de luxo.
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