Monday, July 23, 2007
Depois de fazer o meu último exame (que, já que falamos nisso, foi uma valente trampa; e alguém havia de apanhar os docentes daquela cadeira numa rua escura e vá, não digo matá-los, mas apunhalá-los um bocadinho com uma faca, de modo a aleijar), tive um fim de semana agradavelmente rechado de filmes. Bom, foram só cinco, mas de qualquer forma foi catita porque fez-me lembrar os velhos tempos de quando o velho gang se reunia para fazer movie-fueled sleep overs, algo de que tenho imensas saudades. No entanto, o primeiro filme do fim de semana foi logo no sábado, após o desastre nuclear que foi aquele exame, e foi nada mais, nada menos que:
Parte da double-feature que o projecto Grindhouse é suposto ser, aqui na Europa o Death Proof foi lançado para o cinema sem a companhia de Planet Terror e dos trailers falsos que completariam a experiência. Uma pena, mas enfim, corram para o youtube e vejam os trailers porque vale a pena. Mas adiante. Devo dizer que gostei bastante deste Death Proof. Acho que não vale a pena dar-me ao trabalho de descrever o filme porque toda a gente já deve saber do que se trata. Uma verdadeira homenagem aos filmes de série B dos anos 70 e 80, com muito diálogo pelo meio, perseguições de automóveis, Kurt Russel (haha), close ups de pés (raio das gajas andavam sempre descalças), e pequenos pormenores catitas, como falhas no áudio, transições abruptas entre cenas, a imagem arranhada, enfim, tudo para nos fazer sentir como se estivéssemos mesmo a ver um filme xunga e mal amanhado naquelas salas de cinema de segunda. O filme é longo, com cerca de duas horas, e apesar de achar que houve um certo desiquilíbrio no pacing do filme (sendo que a primeira parte arrastou-se um pouco, mas a parte final foi sempre a abrir) foram 120 minutos bem passados. Não é um dos melhores do Tarantino, mas achei bastante bom e foi uma agradável experiência cinematográfica. Para além de que tem um final do CARAÇAS!
Quanto ao seguinte... eu podia mentir e não o pôr aqui. A sério. O que me impede? Mas como estou segura do meu bom gosto, não tenho problemas em confessar que sim, às vezes vejo uma ou outra caca se tiver um actor jeitoso. Infelizmente nem todos podem ser o Christian Bale, que para além de jeitoso é um belíssimo actor e não faz cá cacas, por isso de vez em quando tenho de me sujeitar. E por isso lá fui eu ver...
De facto, este filme não desilude nem supreende. Desde que não se vá à espera de nada, claro. É apenas e só aquilo que pretende ser: uma comédia romântica de adolescentes, parva e melada, que já foi feita 10 ou 11 vezes. Nada de original, mas tenho de confessar que de vez em quando esbocei uns sorrisos e até mesmo me ri - sim, poderia ser devido à estupidez, mas é melhor que nada. E pronto, o tipo era jeitoso :D
Ok, este foi dos filmes mais parvos que já vi, e isso vindo de mim é dizer muito. MUITO. Tem uma classificação de 5.3 em 10 no IMDB, o que é incompreensível. Este filme, para além de tremendamente aborrecido, não faz sentido nenhum e está povoado de personagens estúpidas e inúteis. Há uma review no IMDB que tem o título perfeito "An indie piece that explores daring new ways to suck". É verdade. Uma maneira de resumir o filme seria: terminou a construção de uma barragem perto de uma pequena aldeia, o que faz com que muita gente se queira mudar de lá para fora (suponho que por parte do local ir ficar alagado pelo água... não sei). No dia em que o xerife e os seus dois deputies arrumam tudo para se porem na alheta também, aparece um miúdo coberto de sangue na esquadra, e depois de o sangue que o cobre ser analisado e se concluir que não é dele, os polícias lançam-se numa investigação para descobrir o que se passa. Claro que por "lançam-se numa investigação" eu quero dizer "vagueiam sem sentido pela floresta durante uma hora e meia". É tudo ridículo neste filme. Os actores são maus, a história é pessimamente aproveitada, o argumento tem mais buracos do que eu sei lá o quê, e o final é, para ser meiga, absurdo. É simplesmente um mau filme, mas nem daqueles maus que dá para gozar e uma pessoa até se ri, é mesmo MAU. Mau no sentido em que a cada 10 minutos a estupidez adensava-se e o filme não mostrava sinais de acabar. Acho que já não tinha uma expressão de "WTF!" colada à minha cara durante um filme inteiro há algum tempo (ou pelo menos desde que vi o House of the Dead. That movie also sucks monkey balls, mas como não foi este fim de semana que o vi, enfim, fica para uma próxima). Fiquem longe do Terreno Estreito.
Perfume: História de um Assassino é apenas e só um dos meus livros favoritos de sempre. Quando soube que iam fazer um filme, fiquei entusiasmada mas também preocupada: e se dessem cabo do livro? Se estragassem tudo com uma adaptação horrível? Não querendo ter um desilusão, não fui ver o filme ao cinema. Guardei-o, assim, para a experiência em DVD e fiquei agradavelmente surpreendida. Não sei se foi de ter visto logo a seguir ao Terreno Estreito e, por comparação, me tenha parecido fantástico, mas a verdade é que o filme não é mau de todo. Considero o livro bastante difícil de adaptar por causa das precisas descrições de odores e aromas e de todod esse universo que rodeia o personagem principal, Jean-Baptiste Grenouille... como é que se transforma um cheiro em imagem? As imagens do filme conseguem veicular consideravelmente bem o prodigioso olfacto de Grenouille, as interpretações são boas (com destaque para Ben Whishaw como o estranho e desaquado assassino, Grenouille) e é, no seu todo, uma boa adaptação. O livro é bastante melhor, como costuma acontecer - mas o filme não desiludiu.
Já dá para ver pelo poster que este filme é de extrema qualidade, hein? Hein? Esta é uma daquelas pérolas que só se encontra nas madrugadas do Lusomundo Action. Tão mau que é inacreditável. Basicamente gira à volta de um grupo de pessoas que são atacadas por formigas gigantes radioactivas. É absolutamente estúpido e tem dos piores efeitos especiais de sempre, o que faz com que seja uma risota pegada. Mais um para a minha lista de maus filmes.
Hoje, e para aliviar do stress de escrever um estúpido relatório final que não me parece andar para a frente nem para trás, vi este:
Alison (Katherine Heigl, a mocita da série Grey's Anatomy) é uma mulher responsável e trabalhadora que acabou de receber uma promoção importante. Ben (Seth Rogen, que já vimos no filme 40 Year Old Virgin e na série Freaks and Geeks - curiosamente criações do mesmo realizador deste filme) é um tipo gorducho, falido e irresponsável cuja única preocupação é fumar ganza e beber umas cervejolas com os amigos. Por um acaso do destino, conhecem-se numa discoteca quando Alison vai celebrar a promoção - uma coisa leva a outra e, totalmente bebados, acabam na cama, os marotos. O problema é que ele não usou preservativo e ela, está visto, acaba grávida. O filme desenrola-se à medida que estes dois personagens tão diferentes se vão tentando conhecer num esforço para fazerem a coisa funcionar, para bem do bebé que vão deitar ao mundo. É uma comédia simpática, com momentos bem engraçados, mas talvez um pouco longa demais. Serviu bem o propósito de fazer rir numa tarde de verão em que 4 paredes e um relatório foram a minha companhia.
Shit, this was a long post!
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1 comment:
Acredita quando te digo isto.. basta ouvir algo como "formigas gigantes radioactivas" para deixar tudo que estiver a fazer e ir imediatamente ver tal filme... serio.. tenho aqui uns dvd's para ver tais como "The incredible shrinking man" ou "the beast from 20.000 fathoms" ou ainda "earth VS the flying saucers" e todos eles me cheiram a qualidade @_@ haha
i'v sayd it.. and i say it again.. Death Proof gots the best ENDING ever !! mmm.. maybe not has better has that monty python and the holy grail ending.. that was also pretty awesome xDD
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