Saturday, November 18, 2006

Ontem lá joguei no Euromilhões, e, claro, não me saiu nada. DAMN YOU, Euromilhões!!

Em termos de cinema, as coisas por aqui têm andado francamente paraditas. Ou não se arranja tempo, ou os filmes que se quer ver estreiam apenas longe como o caraças, e nisto tudo só acabei por ir ver dois filmes para aí desde há um mês para cá. E eles foram:
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A Dália Negra não foi, e à falta de uma crítica melhor, nada de especial. Já Os Filhos do Homem achei um filme bastante bom, duro, com um argumento interessante, boas interpretações e uma realização bem catita. Aconselho a irem ver, se é que ainda não foram. De resto, este fim de semana, talvez vá ver O Ilusionista, talvez não vá. AH, como vocês devem invejar a minha vida fascinante e recheada de mistério! Ou então não.

Saltando agora da 7ª arte para a 9ª (já agora, quem é que fez este ranking das artes? Não, a sério, gostava de saber.), falemos de comics. Esta semana comprei e li o bastante badalado "Revelations" da dupla Paul Jenkins e Humberto Ramos.

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São 160 páginas que giram à volta da investigação da morte de um cardeal do Vaticano, o mais indicado sucessor do Papa, morto em circunstâncias um pouco mais que misteriosas. O detective Charlie Northern, da Scotland Yard, é encarregado de tratar do caso, e à medida que este se vai desenrolando, ele vai descobrindo segredos escuros que desafiam a sua falta de fé. É uma leitura interessante, mas a acção propriamente dita demora a começar, mas mesmo no final o ritmo acelera bastante de tal forma que chega a ser algo confuso e nos deixa a querer umas explicaçõezinhas extra. Alguns assuntos são difíceis de relacionar com a história propriamente dita (falam algumas vezes em Fátima e de uma suposta quarta criança com uma profecia mantida em segredo, mas fiquei sem ter a certeza que profecia seria essa), mas não deixa de ser uma boa leitura para quem gostar de teorias da conspiração.

Mas o absoluto destaque vai para:
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Esta já o tenho há umas semanitas, tive de o mandar vir da Amazon porque no nosso país ranhoso insiste em não sair para venda. Desde que li Johhny The Homicidal Maniac que de cada vez que ia à Fnac sentia uma chamazinha de esprança acender em mim quando vasculhava a secção de comics, uma esprança de que esta preciosidade estivesse lá à venda. Mas nunca estava. E então, anos depois, resolvi mexer-me e pronto, screw Fnac que a Amazon serve muito bem. E que bem que fiz: o livro é simplesmente hilariante. Típico humor de Jhonen Vasquez, escuro, distorcido, sádico, perturbador, mas sempre de fazer rir à fartazana. Squee é um pequeno rapazito rejeitado - ou deverei dizer odiado - pelos pais, e cujo único amigo é um ursinho de peluche chamado Shmee (urso esse com um ar, ele próprio, bastante perturbador), isto se não contarmos aquele catraio que na segunda história é comido por um cão chamado Nacho. Na escola, todos fazem troça dele, e nem à noite o pobre tem sossego porque é assolado por pesadelos verdadeiramente horríveis. E depois, ora aparecem extraterrestres para o raptar, ora ele descobre que de repente o filho de Satanás é colega de turma dele, ou as crianças da escola se transformam em zombies - a verdade é que o Squee não tem descanso. Ah, e é vizinho do nosso amigo Nny, o Homicidal Maniac do outro livro. É, no fundo, uma das personagens mais torturadas do mundo dos Comics. E para além da colecção de Squee, que ocupa metade do livro, a outra metada é recheada de tiras intituladas "Meanwhiles" (destaque para um jantar romântico em que a metade masculina é de repente assolada por uma valente diarreia, e para a criação do novo boneco Tickle Me Hellmo), os famosos comics criados pelo Nny do Happy Noodle Boy, o nosso velho conhecido Fillerbunny (um dos personagens mais maltratados e engraçados, um pequeno coelho que é preservado em formol e continuamente ressuscitado através de processos dolorosos, e cujo único objectivo de vida é ocupar espaço - daí o Filler - e alegrar a vida dos leitores) e tiras do Wobbly Headed Boy, uma criatura amaldiçoada pela sua própria sapiência. Enfim, é uma pequena jóia que tenho com todo o orgulho na minha colecção de comics e que não hesito em recomendar!

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Fillerbunny pertence totalmente ao xôr Jhonen Vasquez.

Monday, November 06, 2006

Será que me atrevo a dizer que estou de volta? Hmmm...

Vamos lá tentar pôr o blog a andar outra vez. É difícil começar de novo depois de me desabituar a isto da blogosfera. Diga-se de passagem que o meu novo vício (novo? bem, nem por isso...) na net é o deviantart, por isso as minhas perdas de tempo cibernéticas costumam dar-se nessa casa em vez de nesta. Mas, enfim, vou ver se faço um esforço para perder tempo com ambas, afinal já tenho o blog há tanto tempo que não quero deixá-lo :P
Ora bem, para o blog recomeçar com sucesso, porque não falar da minha obra preferida dos últimos tempos?
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Sim. Blankets. É uma graphic novel fantástica, de facto tão boa que me é muito difícil arranjar palavras que a possam descrever. E para vocês que estão para aí a revirar os olhos, a pensar "ora bolas, lá vem ela falar de livros com macacos, raios partam que ela já é crescidinha e tem mais é que se deixar de livros de bonecada" eu digo: leiam Blankets. E depois venham falar comigo! Cada desenho é poesia; é de facto dos livros melhor escritos e das coisas mais lindas que alguma vez vi, por muito "cheesy" que isso possa soar! As palavras faltam mesmo, por isso faço minhas as da review do site Silverbulletcomicbooks.com:

"It is difficult to put into words the beauty that you will find in this book. Hell, it is hard enough to even read it without needing to take several breaks in order to try and find some breathing space from the overwhelming emotions that spill out of every panel. Merely opening the book at random lets them roam out, like some ancient spirit trapped in a book at Hogwarts library. Essentially, Blankets is but a love story - nothing more, nothing less. Yet it is written with such vulnerable bravado and drawn in such a raw, fragile fashion that it easily oversteps its boundaries and becomes a personal wake-up call to the reader."

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Aceitem este conselho e façam o que puderem para arranjar uma cópia de Blankets, vai valer a pena.

Passando agora a assuntos mais mundanos, é com uma mistura de repulsa e horror que vejo que o típico penteado "mullet" muito popularizado pelos rednecks pela américa fora e muito usado nessa década estranha que foram os 80's, mas que, penso, nunca viu um claro despontar aqui pela nossa terra; se está a tornae estranhamente frequente. Não é que agora farto-me de ver criaturas com mullets?? God, como se não fosse castigo suficiente ver esse penteado na televisão, agora tenho de levar com ele todos os dias? Por favor, vamos parar esta onda de mullets... STOP THE MULLET NOW!